terça-feira, 8 de janeiro de 2013

8 jan 2013

Eu tinha uma espécie de implicância com biografias.
No fundo, eu alimentava a pretensão de acreditar que a minha própria vida era interessante o suficiente para acabar em livro. A minha e a de todo mundo! Bastava alguém estar disposto a sentar e escrever sobre.
E pensava também que em nada acrescentaria saber detalhes da vida de outras pessoas. Afinal, o que tenho eu a ver com o cotidiano de Steve Jobs, Andre Agassi, Nelson Mandela, Ozzy, Tom Jobim...? Pra mim, biografia era uma espécie de fofoca com centenas de páginas, só que autorizadas pela vítima. E era também um desodorante da Natura.
Foi quando dei o braço a torcer. Pessoas que eu admiro começaram a recomendar biografias. E folheando os livros, percebi a importância de conhecer as paixões, as fraquezas, as conquistas, as ideias, as derrotas e as realizações dessas personalidades, que contribuíram – cada uma ao seu jeito – para mudanças na sociedade.
Na fase atual, praticamente só leio biografias. Até porque tenho me decepcionado com alguns romances e ficções. A ponto de às vezes achar que já não há mais tantas histórias incríveis a serem contadas.
E essa agora é a minha mais nova espécie de implicância...

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